Estudo da Epidemiologia da Verrugose-do-Maracujazeiro

Angelo Aparecido Barbosa Sussel

Resumo


Objetivou-se avaliar o progresso temporal da verrugose-do-maracujazeiro; correlacionar o progresso da doença com variáveis climáticas; identificar as temperaturas ideais para geminação de esporos do patógeno e infecção do hospedeiro, e determinar o estádio fisiológico do hospedeiro mais susceptível à doença. Na avaliação do progresso temporal, o modelo monomolecular apresentou os maiores índices de determinação e menores quadrados médios do resíduo no ajuste das curvas do progresso da incidência e da severidade. A temperatura e a umidade relativa no campo apresentaram correlações positivas e significativas com o progresso da doença, enquanto que o molhamento foliar apresentou correlação significativa negativa, evidenciando não ser necessário o molhamento por longo período para ocorrência de infecção. Em condições controladas, houve efeito significativo da temperatura sobre a germinação dos conídios e infecção das folhas destacadas. Na temperatura de 25°C foram observados, os maiores percentuais de germinação e o maior número de lesões esporulantes. A incidência e a severidade foram menores na temperatura de 30°C. Apenas tecidos jovens, sejam eles folhas, flores, ramos ou gavinhas, são infectados tanto natural, como inoculados artificialmente. Após a expansão das folhas e a lignificação do caule e gavinha, estes se apresentam menos susceptíveis à infecção. O mesmo foi observado no campo onde a incidência e a severidade foram maiores nos períodos de lançamentos de folhas, ramos, flores e frutos.


Termos de indexação: Cladosporium spp., Passiflora edulis, infecção, progresso da doença, cultivares