Prospecção de mercado para as tecnologias semi-acabadas da Rede Passitec

Luciene Pires Teixeira, Evie dos Santos de Sousa, Ana Maria Costa

Resumo


A indústria alimentícia no Brasil cresce em torno de 11% ao ano e participa em média com 9% do PIB. Em 2009, os produtos derivados de frutas e vegetais ficaram na 6ª posição dos mais comercializados em termos de faturamento. Todo o território nacional é relevante para a indústria de alimentos e bebidas, composta por mais de 60 mil unidades, das quais 96% são micro e pequenas empresas. Contudo, a concentração do mercado está em 200 grupos empresariais que respondem por 70% do valor da produção setorial. A inovação na indústria alimentícia brasileira é baixa, implicando que a introdução de novos produtos e processos desconhecidos da concorrência poderá significar inserção no mercado e ganhos econômicos advindos da diferenciação competitiva das novas tecnologias. Alimentos com forte apelo para saúde e bem-estar representam uma significativa diferenciação para os consumidores. Ao Estado cabem ações de regulação do mercado, estímulo à inovação para as pequenas e médias empresas e a exigência de certificação e qualidade dos produtos. Do setor privado espera-se investimentos em geração e viabilização de novas tecnologias para atender às demandas dos consumidores e também a aposta em mercados específicos, além da formação de parcerias com as instituições de PD&I via sistemas de open innovation. À Rede Passitec cabe promover arranjos institucionais com o setor privado para finalizar as tecnologias propostas e verificar os impactos obtidos com sua adoção, contribuindo para aumentar a competitividade no setor de alimentos funcionais. Ações de parceria em PD&I com o setor produtivo pode ser a chave para o sucesso na transferência de uma tecnologia de alto impacto econômico-social, como no caso específico dos produtos alimentícios funcionais.

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