MAPEAMENTO DE SOLOS DO TRADICIONAL AO DIGITAL

ADRIANA REATTO

Resumo


O mapeamento tradicional do solo vem sendo criticado ao longo do tempo por seu caráter qualitativo, oneroso e demorado. Em resposta a essas críticas, estudos quantitativos têm sido desenvolvidos na área da ciência do solo denominada Pedometria. Trata-se da aplicação de métodos matemáticos e estatísticos para a modelagem do solo e seus aspectos, possibilitando deste modo, a predição e espacialização de classes e atributos de solos na paisagem. Atualmente, na maioria dos trabalhos, o uso das técnicas pedométricas é empregado para a descrição da variabilidade espacial do solo por meio da confecção de Mapas Digitais de Solo (MDS). Foram apresentadas algumas técnicas empregadas em mapeamento digital de solos: Geoestatística, Regressão Linear Múltipla, Regressão Logística, Pesos de Evidência, Árvore de Decisão/Classificação, Redes Neurais e a Lógica Fuzzy. A aplicação de cada técnica depende das características da área de estudo, tipos de dados de entrada, finalidade e resolução do mapeamento e o uso final das informações geradas. No Brasil várias iniciativas vêm sendo tomadas para ampliar e disseminar a aplicação do MDS, e um número crescente de trabalhos têm sido realizados. Uma vez consolidada, a aplicação do MDS passará de experimental para prática, tornando uma ferramenta robusta capaz de suprir as demandas por dados pedológicos. Assim, o objetivo desse documento foi realizar uma revisão teórica sobre os principais métodos utilizados para o mapeamento de solos e contextualizá-lo com a realidade brasileira.